TECELAGEM MANUAL - as aulas são no formato de oficina livre, ou seja, podem ser iniciadas em qualquer período. São oferecidos dois níveis, um básico e também o avançado. O fazer da tecelagem traz um princípio de ordenação e foco, é relaxante e amplia a capacidade criativa. Unindo técnica e desenvolvendo uma visão estética das tramas, bem como o uso das cores, pode-se tecer os mais variados tecidos, com peças tanto de uso pessoal, para moda e uso decorativo, e a tecelagem artística.

BORDADO ARTÍSTICO - a proposta é abordar os pontos mais diversos, desde os pontos tradicionais, que encontramos nos trabalhos das culturas de vários lugares, pontos que podem ser localizados especificamente como pontos do Brasil, pontos que sofreram transformações ao longo do tempo, ou que foram se desdobrando em formatos variados. O aprendizado é orientado no sentido de desenvolver a habilidade para a interpretação em cada etapa da construção, levando em conta os aspectos criativos de cada participante, por que assim é que podemos obter o resultado do que chamamos de bordado livre ou artístico.


AYSSÔ: palavra de origem Tupi Guarani, traduzida para a língua portuguesa como "belo, formoso, bonito".
(Bueno, Silveira. 1998 USP/SP)







segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CONCENTRAÇÃO NAS AULAS DE TECELAGEM

Tem 14 anos que dou aulas e mesmo assim observar este momento de trabalho e de concentração dos alunos em meu espaço, é sempre uma prazer renovado....
com certeza quando cada período de aula termina, as coisas já não são mais as mesmas de quando começamos a jornada de mais um dia... e 

...mais um novo fio lançado na rede da vida.
para mim: SATISFAÇÃO!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SER JUNGUIANO?????

"Um chapéu para cada cabeça e não o mesmo chapéu para todas as cabeças”

Nise da Silveira~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Palavras de C.G. Jung:
“Só espero e desejo que ninguém se torne ‘junguiano’. Eu não represento nenhuma doutrina, mas escrevo fatos e apresento certos pontos de vista que julgo merecedores de discussões. (...) Não advogo nenhuma doutrina pronta e fechada e abomino ‘partidários cegos’. Deixo a cada um a liberdade de lidar a seu modo com os fatos, pois eu também tomo esta liberdade para mim”

[Em carta resposta ao Dr. J.H. van der Hoop, Amsterdã. Este havia escrito que lhe interessava a própria liberdade de idéias e: “Não posso dizer se algum dia poderei tornar-me junguiano.”]
C.G. Jung / Cartas / 1946 -1955 - Vol. II Editora Vozes.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"TRAMAZUL"



Este ó nome da instalação da artista plástica REGINA SILVEIRA, que estampa a partir de hoje, 15 de novembro, a fachada do MASP.
Regina traz para as grandes dimensões da metrópole agitada, a possibilidade de bordar o céu azul onde quer que pensemos e imaginemos, penso que isto reafirma a nossa imensa capacidade de simbolização e a materialização da expressão, que pode ser redentora.
O que diz Regina Silveira: O ponto cruz remete ao artesanal, o que não deixa de ser um contraponto com a agitação e o clima de negócios da Avenida Paulista... Você pode ver pelo lado de o ponto cruz ser uma prática artesanal transcultural, histórica. Mas, ao mesmo tempo, ele proporciona uma imagem codificada interessante. E o meu trabalho sempre teve foco na constituição e no significado das imagens, antes de tudo. A Paulista é um mundo muito complexo de informações – ela é um ‘tecido’ fantástico de narrativa. Este lugar está ficando cada vez mais espelhado; é uma rede complexa de trânsito, de informação. Eu acho um paradoxo colocar esse céu fixo e artesanal na avenida.”      Tramazul. Fachada do Masp. Av. Paulista, 1.578, 3251-5644, metrô Trianon-Masp. 24h (sugere-se ver a obra durante o dia). Grátis. Até janeiro/2011. http://www.masp.art.br/  
REGINA SILVEIRA, ARTISTA PLÁSTICA, Nascida em 1939 em Porto Alegre,  artista multimídia, gravadora e professora, vive e trabalha em São Paulo. É uma das criadoras mais consagradas do País e realizou obras em grande escala para lugares como o Museum of Fine Arts de Houston (EUA) e para a Bienal de Taipei (Taiwan). 

sábado, 13 de novembro de 2010

Jú explica os modos de usar o Alaká no Candomblé

Primeiro modo de uso - pelos homens, segundo - pelos babalorixás e o último na cabeça, é o "Ojá" ou como conhecemos, o torso. Uma pena a máquina que estava usando ter pouca capacidade e duração de filmagem, assim tive que apressar um pouco a apresentação da Ju, mas mesmo assim valeu!

ALAKÁ - BAHIA - CANDOMBLÉ - ILÊ AXÉ APÓ AFONJÁ - TECELÃ JUCINEIDE











A
Casa de Alaká que é a oficina de tecelagem do Pano da Costa, está localizada e faz parte do complexo do maior e mais tradicional Terreiro de Candomblé de Salvador, o Ilê axé apó afonjá, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Este terreiro está numa área de 39.000 m2 , além de casa espiritual, abriga e tem nele incorporado um projeto social que tem dentre outras coisas uma Escola Municipal que atende aquela comunidade. Sua mãe e líder espiritual é a Iyalorixá Mãe Stella de Oxóssi, que herdou de suas antecessoras e assim mantém as atividades do local de acordo com as tradições desde seu início, em 1910. No sentido de preservar o modo de vida e os rituais, há alguns anos atrás Mãe Stella decidiu revitalizar a tecelagem que produz o tecido dos filhos e mães de santo, o pano da costa. Com o apoio da Petrobrás, foram encomendados teares manuais, treinados e formados tecelões. Até então, a tradição e a manufatura do pano da costa era mantida pelo Mestre Abdias Sacramento, que durante bom tempo foi quase a única pessoa a tecer este tecido ritual de acordo com o objetivo do seu uso religioso, no candomblé.
Na época foram formados 12 tecelões, entre homens e mulheres, e começaram os trabalhos da Casa de Alaká. Os futuros filhos de santo passaram então a encomendar ali seus panos com as cores de acordo com seus orixás protetores. Foi neste lugar, com jeito de casa que conheci a simpática e doce Ju, a tecelã que permanece por mais tempo na casa tecendo os panos.
Passamos um tempo juntas, com conversa de fios e tramas. Ju me contou sobre a história da tecelagem no terreiro, falou de orixás, de religiosidade e também dos princípios do caminho espiritual herdado por ela de sua família. Disse ela, que no início do projeto eram 12 tecelões, número este que atualmente está reduzido para 4 contando com ela. Ju comenta que sente muito pelo fato dos companheiros de tecelagem não terem podido continuar o trabalho, por conta da dificuldade que é lidar com o ganho instável de uma atividade como a tecelagem. Embora a casa receba visita de turistas dos mais variados lugares do mundo, ela gostaria muito que este trabalho fosse procurado por mais pessoas, pois a casa é aberta à visitação e os panos estão lá à venda, não sendo somente adquiridos pelos seguidores do candomblé.
O que mais posso dizer sobre tudo isso e sobre a tecelã Jucineide, que para mim neste encontro, virou imediatamente – a querida JÚ, é que como todo tecelão, ela é incansável e persistente, e ela deseja que o trabalho da Casa de Alaká seja mais conhecido e divulgado.
Fica aqui então registrado o contato do Ilê para quem tiver interesse em divulgar e conhecer mais este lindo trabalho que pertence à cultura de nosso país!!
SÃO GONÇALO DO RETIRO, 552 – CABULA FONES: 384 5229/6800




terça-feira, 9 de novembro de 2010

A TECELAGEM DO AXÉ


Onde andemos por aí, mundo afora, temos a felicidade de nos depararmos com o tecido feito manualmente, que se apresenta como um dos registros vivos das sociedades e suas culturas. E deste modo não é diferente no Brasil, tanto nas grandes cidades como também no Brasil mais "profundo". Digo isto, pois na última semana estive em viagem a Salvador/BA, e dediquei um dia para sair no rastro dos tecidos. Poderia apresentar aqui a rica estamparia de origem africana é que ainda hoje permanece sendo reproduzida em alguns ateliês em Salvador, mas preferi desta vez dedicar meu tempo exclusivamente à trama tecida nos teares, de acordo com a pesquisa que eu já havia feito. Esta pesquisa me levou ao bairro Cabula na CASA DE ALAKÁ!
Um pouco de história: Pano da Costa - (Alaká) este é o tecido ornamental que é jogado atravessado no ombro do típico traje da Baiana. Sabemos que esta maneira de vestir é herança da cultura africana, uma das raízes da matriz formadora do povo brasileiro. Este tecido é originário da Costa do Marfim, e daí seu nome. Na África, este pano era usado como ornamento do vestir cotidiano e não estava relacionado à manifestação religiosa. No Brasil, inicialmente, no século XVIII, estes tecidos eram manufaturados pelos escravos em teares rústicos.Seu desenho resulta em linhas estéticas simples, com pequenos quadros, tipo madras ou com listras definidas pela criação e montagem do urdume no tear. Este pano é tecido na maioria das vezes com fios de algodão, mas também pode ser mais enriquecido, para isto, sendo utilizados na trama fios metálicos em cor de ouro ou prata. E podem ganhar ainda mais beleza quando o tecido finalizado recebe bordados.











































sábado, 6 de novembro de 2010

Ainda um pouco mais sobre o Congresso de ARTETERAPIA

Atena: Várias foram as atribuições civilizadoras legadas a Atena. Teria sido
a deusa quem ensinara às mulheres gregas as técnicas de fiar, tecer e bordar.
Atena era uma exímia tecelã, tecendo os mais belos bordados do Olimpo.

(Botticcelli)

REENCONTRO COM ONEIDE DEPRET, A MITOLOGIA E AS DEUSAS!
Um prazer ver a apresentação de Oneide Depret sobre seu trabalho de vivências com o tema das deusas. Fez parte da Mesa Arteterapia e Jung, mediada por Marcia Bertelli Bottini, de Natal/RN.

"Tratou-se da apresentação da pesquisa realizada como estágio vinculado à obtenção do título de especialista em Arteterapia pela UNIP, sob supervisão e orientação da Profª Pós-doutora Patricia Pinna Bernardo. Retrata o processo arteterapêutico vivenciado por um grupo de mulheres de diferentes idades que teve como proposta a promoção do autoconhecimento e desenvolvimento pessoal através da integração de relatos dos mitos das principais deusas gregas (Atená, Ártemis, Deméter, Perséfone, Hera, Afrodite e Héstia) com atividades expressivas correlacionadas a eles. Visa demonstrar que, partindo da interpretação simbólica dos mitos e da escolha dos recursos arteterapêuticos mais adequados para a ativação dos símbolos a eles associados, pode-se propor atividades expressivas que proporcionem a estimulação das qualidades por eles representadas e a conseqüente integração de conteúdos conscientes e inconscientes da psique, promovendo assim o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. No trabalho apresentado cada mulher enfocou uma das deusas, seu simbolismo, sua correspondência com vivências da mulher atual e realizou-se uma atividade expressiva correspondente e adequada ao tema. Esse trabalho vivencial vem sendo aplicado a outros grupos dentro do contexto preventivo e psicoterápico. " (Anais Cong. IX Arteterapia SP. 2010 pág. 226)

Oneide é Psicóloga e Arteterapeuta, desenvolve a linda e rica Oficina Terapêutica com base neste tema.
Vamos engrossar as fileiras para que possamos desfrutar e aprender com ela em 2011?
CONTATO: Arte & KAIRÓS - Oneide: fone (11) 9827 8010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DA LATA!!!!!!!! Será que este tecido "pega"?????

O que diria essa nossa companheira de tempos idos?




“A Imperial College de Londres uniu forças com o engenheiro Paulo Luckham que trabalhou em parceria com o estilista Manoel Torres para desenvolver o Fabrican Ltd. A empresa está trabalhando na produção em massa desse novo tecido.Poderia este novo tecido ajudar a indústria que se aproxima a um ideal de moda desperdício zero, ou as desvantagens do produto são superiores aos benefícios em potencial?
O tecido é composto de fibras de algodão dissolvido em um solvente que se evapora rapidamente depois de pulverizá-lo, deixando um espaço sem costura. O tecido vem em uma lata de aerosol, provavelmente para ajudar a criar uma aplicação uniforme do tecido. Parece bastante versátil, mas há preocupações sobre o assunto.
Prós:
Há um par de benefícios com essa nova tecnologia que imediatamente vêm à mente, mas outra coisa interessante sobre este tecido é que pode ser reutilizado várias vezes, sem criar resíduos. Em um mundo de fast fashion, isso poderia reduzir significativamente a quantidade de roupas que são descartadas nos aterros sanitários, não apenas roupas pessoais, mas como grande lojas de vestuários e afins, roupas que muitas vezes não são vendidas e que com esta nova tecnologia poderiam ser retornadas de volta ao fabricante para ser transformado em algo novo e atual.
Contras:
A maior preocupação são os ingredientes do produto. Ainda não há informações mais esclarecedoras sobre o solvente utilizado na fórmula.
O plano é produzir em massa esse tecido em latas de aerosol. Os propelentes em latas são nocivos para o meio ambiente."


E então companheiros do tecido "da mão"???? O que acharam?













quinta-feira, 4 de novembro de 2010

...dando continuidade sobre o CONGRESSO







Uma delícia poder falar sobre os encontros, novos amigos e parcerias que se faz nestas ocasiões como a do Congresso de Arteterapia. Foi um grande prazer conhecer outra mulher da linguagem dos fios, Elisa Tesseler de Porto Alegre/RS, Arteterapeuta e que também trabalha lindamente com criações de joalheria em prata. Ao lado, a foto de sua mais recente criação e que eu fui a feliz compradora!!!