TECELAGEM MANUAL - as aulas são no formato de oficina livre, ou seja, podem ser iniciadas em qualquer período. São oferecidos dois níveis, um básico e também o avançado. O fazer da tecelagem traz um princípio de ordenação e foco, é relaxante e amplia a capacidade criativa. Unindo técnica e desenvolvendo uma visão estética das tramas, bem como o uso das cores, pode-se tecer os mais variados tecidos, com peças tanto de uso pessoal, para moda e uso decorativo, e a tecelagem artística.

BORDADO ARTÍSTICO - a proposta é abordar os pontos mais diversos, desde os pontos tradicionais, que encontramos nos trabalhos das culturas de vários lugares, pontos que podem ser localizados especificamente como pontos do Brasil, pontos que sofreram transformações ao longo do tempo, ou que foram se desdobrando em formatos variados. O aprendizado é orientado no sentido de desenvolver a habilidade para a interpretação em cada etapa da construção, levando em conta os aspectos criativos de cada participante, por que assim é que podemos obter o resultado do que chamamos de bordado livre ou artístico.


AYSSÔ: palavra de origem Tupi Guarani, traduzida para a língua portuguesa como "belo, formoso, bonito".
(Bueno, Silveira. 1998 USP/SP)







sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O 1o. dia do blog do atelier AYSSÔ:

Boas vindas a todos! Aproveito para apresentar resumidamente minha trajetória e atuação.

O fazer manual e a arte sempre estiveram presentes em minha trajetória numa rede que entrelaça minha vida pessoal e profissional. Dentre tantas linguagens, escolhi ou fui escolhida pela linguagem que utiliza os fios e tecidos.
É nítida a imagem impressa na memória: minha mãe sentada em sua poltrona com seus trabalhos de fios nas mãos e a outra ponta do novelo a disposição das minhas pequenas mãozinhas, sentada logo abaixo, no chão encostada na poltrona. Assim em minha história posso reconhecer nosso “cordão umbilical”, este fio nutridor compartilhado em tessituras simultâneas. Estávamos nós ali, ligadas! Ela com sua habilidade e destreza já adquiridas e eu ainda descobrindo que potencial havia naquele material, que mundo era aquele e que possibilidades me daria para dar conta das idéias criativas e de meus sentimentos.
Com o tempo foi ficando claro que aquele era o meu universo. Cores e texturas! Neste lugar encontrei minha poética.
Minha primeira formação foi em Pedagogia em Fpolis SC, e alguns anos depois iniciei minha formação como Tecelã, fiz aprimoramentos e em meus trabalhos fiz uma ampla pesquisa e estudos sobre as possibilidades do Tear de pente-liço. Fiz formação em Tecnologia Têxtil e da Confecção e freqüentei o Curso de Indumentária da Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. E tenho especialização em Designer Têxtil.
À minha caminhada como Designer Têxtil somei minha atuação como educadora, que havia sido minha primeira formação. Há 14 anos atrás, quando comecei a dar classes de Tecelagem, tive como primeira preocupação e objetivo repassar aos alunos uma boa base técnica para que pudessem obter o melhor resultado em seus trabalhos no novo ofício que aprendiam. Algum anos depois, percebi o quão era importante no processo do aprendizado acerca da arte, o foco no indivíduo e suas subjetividades, suas diferenças pessoais, suas histórias e talentos. Cada pessoa traz consigo uma história rica do meio onde vive, de sua origem e raízes e daí um mundo carregado de cores e símbolos. Com o passar do tempo, espontaneamente os alunos começaram a trazer para o atelier junto aos fios, fibras e teares, também os relatos de seus sofrimentos, os percalços humanos, os êxitos e alegrias.
Assim desenvolvi uma escuta e um olhar respectivamente para os alunos e seus trabalhos como um processo que ia além de tramar fios. Tenho durante estes anos acompanhado transformações nos mais variados níveis e processos de desenvolvimento pessoal.
Nesta caminhada, em dado momento senti que já havia adquirido uma nova conduta profissional, minha perspectiva havia mudado e então minha busca se ampliou, e queria dar corpo e profundidade às minhas reflexões como educadora e artista. Desta forma, comecei a fazer cursos em atelier livre de Arteterapia, com base nos fundamentos da teoria da Psicologia de Carl Gustav Jung.
Eleger a teoria Junguiana para abordar o trabalho com a arte veio para mim da compreensão de que a Psicologia Analítica contempla e inclui como premissa a vivência simbólica em toda a experiência humana.
Este ano conclui minha Especialização no COGEAE/ PUC/SP em Abordagem Junguiana. Atualmente no exercício de meu trabalho, em atelier terapêutico e em oficinas, a teoria Junguiana fortalece minha prática, me conduz reforçando minha crença de que a atividade artística criativa se apresenta para os indivíduos como necessidade formadora, de ampliação e transformação.

BETE LANDMANN

4 comentários:

  1. Bete, querida, parabéns pela tua trajetória! Adorei saber que o atelier está agora também na internet! Vou acompanhar as postagens! Beijo grande, Márcia Espíndola.

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  2. querida Bete
    que bonita sua trajetória
    e que delícia poder te encontrar pelos caminhos!
    um aconcheago só essas suas palavras...
    você ensina a gente a tramar com tanta delicadeza por essa vida
    beijo com muito carinho
    Dani Caielli

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  3. Olá Bete
    Parabéns pelo blog e pelo belo trabalho. Desejo sorte e carinho.
    Beijos
    Soraya

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  4. Oi Bete...

    Parabéns pelo blog. Sou um sortudo, um privilégiado por ser seu aluno.

    Grato,

    Alexandre Heberte

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